Análise Hertzberger + Problematização para intervenção

        Nessa aula realizamos a análise da Rua Sapucaí em Belo Horizonte, empregando os conceitos expostos por Hertzberger no livro "Lições de Arquitetura"

        O conceito de forma expõe que a mesma forma pode assumir diferentes aparências em novas circunstâncias. Um exemplo foram as obras do Cura no Viaduto Santa Tereza, onde, apesar de apresentar novos elementos, mantém sua forma original.


        Já os aspectos de urdidura e trama são percebidos na base (urdidura - rua) em que há a expressão e intervenção de dos usuários (trama - eventos).

        A polivalência é caracterizada pela diversidade de usos que um mesmo local pode ter, e isso fica visível nos diversos usos observáveis como trânsito de pedestres, estacionamento de carros, fluxo de automóveis, etc.


        A forma convidativa fica evidente nas diversas intervenções que os usuários realizaram no local, ou nos arredores que influência esse local direta ou indiretamente, como os murais do CURA nos prédios visíveis, os grafites na fachada dos estabelecimentos e na escada de acesso a estação de trem. Todos esses tem em comum a necessidade de transformar o espaço em algo que o usuário seja capaz de se encontrar e se identificar, convidando para o uso si mesmo e demais semelhantes.


       As demarcações territoriais são evidentes na separação do espaço produzida pelos estabelecimentos presentes ali. Para delimitar o espaço dos seus clientes e separá-los dos não clientes, o estabelecimento se vale de grades para demarcar seu território entrando também na discussão entre público e privado, a partir do momento em que este usa um espaço público (rua) e o transforma em privado a partir dessas grades. Outro exemplo do quesito público x privado são os murais do CURA que transformam os prédios (privados) em objetos de entretenimento e contemplação públicos.


        No quesito funcionalidade é possível observar elementos como os mirantes, o passeio, e a própria rua, pois desempenham da melhor forma possível o papel para o qual foram criados: o mirante para observar a paisagem, o passeio para que os pedestres transitem e a rua para que os carros se locomovam.





        Quanto a irregularidade e a flexibilidade, sua presença é notável nos usos de espaços como as muretas presentes por toda a extensão da rua Sapucaí. Enquanto objetos de contenção e delimitação, eles não foram pensados para descanso, como sentar ou deitar. No entanto, as muretas são constantemente utilizadas pelos frequentadores do local como banco, cadeira ou encosto, mostrando usos que não foram predeterminados pela pessoa que projetou tal elemento urbano.



        Como parte da nossa análise, produzimos um diagrama espacial visando levantar e destrinchar os usos e características da rua Sapucaí, para que pudéssemos, em seguida, realizar uma problematização.




        Problematizamos os espaços/elementos que não possuíam uso aparente, como um pedaço da rua próximo a um lote vago e um dos mirantes quebrados. Nossa intenção era de atribuir um uso a estes elementos buscando dessa forma potencializar a interação e os usos da rua.


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